sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Com que objetivo você está ensinando?

Oi gente, estava lendo uma reportagem no site UOL Educação e achei interessante compartilhar com vocês. A análise vai mostrar como anda defasado o ensino e os objetivos da maioria das escolas no Brasil. Dê uma olhada:

22/01/2010 - 13h41
Escolas do DF estão mais preocupadas com avaliações do governo do que com aprendizagem, diz estudo

Da Redação*Em São Paulo

Os colégios públicos do Distrito Federal estão mais preocupados em reduzir o índice de repetência e elevar a classificação em avaliações governamentais do que em formar estudantes. Essa é a conclusão da dissertação de mestrado "A avaliação na escola: um olhar além da sala de aula", de Letícia Araújo, da UnB (Universidade de Brasília)."Os alunos são máquinas que reproduzem exercícios e não aprendem o conteúdo. Se são colocados diante de um mesmo problema, mas sob uma abordagem diferente, não sabem resolver", explica a pedagoga, que acompanhou durante um ano uma escola pública que atende crianças de seis a dez anos, localizada em Taguatinga, no Distrito Federal. Ela queria descobrir como os alunos eram avaliados e quais as conseqüências do método adotado pela instituição, e percebeu que o projeto político-pedagógico está muito distante da realidade no local.A pesquisadora concluiu que o método adotado na escola não intermediava a aprendizagem dos alunos e servia apenas para classificá-los entre melhores ou piores. "Era comum escutar as crianças dizendo que o coleguinha era atrasado ou burro", conta Letícia. O método classificatório era usado também para dividir as turmas entre as consideradas "mais fortes" ou "mais fracas".Letícia constatou que a maior preocupação do estabelecimento não era com a aprendizagem, mas com a diminuição das reprovações e a melhor classificação da escola em provas aplicadas pelo governo. Segundo a pesquisadora, em 2008, o colégio de Taguatinga passou por três avaliações externas. Uma delas foi a Prova Brasil, aplicada em alunos de 4ª a 8ª série do ensino fundamental: "Nesse período, a escola parecia não ter outros alunos senão aqueles que fariam a avaliação", conta.

"Pré-vestibulinho

"A direção da escola chegou a cogitar em analisar as provas preparadas pelo governo para direcionar as aulas. "São escolas que preparam para pré-vestibulinhos, não se preocupam em ensinar", afirma Letícia. Ela diz ainda que participou de reuniões em que o principal assunto era o 14º salário - uma gratificação para a equipe da escola que obtiver bons resultados na prova.Em seu estudo, a pedagoga defende que essa realidade não é só a da escola estudada, mas a de todas as escolas públicas espalhadas pelo Brasil: "A dinâmica do serviço público não muda. Quero acreditar que existem instituições diferentes, mas são minoria", explica.Para Letícia, que hoje é diretora pedagógica em uma escola com mais de dois mil alunos, a saída é promover uma integração entre todos os funcionários da escola para elaborar uma avaliação mais completa, que enxergue o aluno como uma pessoa única, com limitações e possibilidades. "O aluno deve ser avaliado desde o momento que ele chega à escola, pelo porteiro, pela secretária, pela diretora e por professores", avalia.*Com informações da Agência UnB.
Achei útil colocar essa reportagem aqui, pois pode ser de ajuda para cada um de nós enquanto professores, descobrirmos se nossa meta ao ensinar nossos alunos é contribuir para a construção do conhecimento de cada um deles, ou apenas aumentar o índice de aprovação e notas.
Pense e reflita um pouco sobre o assunto, você e seus alunos só terão a ganhar.
Para mais informações acesse:
http://educacao.uol.com.br/ultnot/2010/01/22/ult105u9058.jhtm

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